Capitalismo periférico : crisis y transformación (1981)
“Após longa observação dos fatos e muita reflexão, me convenci
de que as grandes falhas do desenvolvimento latino-americano
carecem de solução dentro do sistema prevalecente.
É preciso transformá-lo.”
R. PREBISCH
Após fundar e assumir a liderança da Revista da CEPAL em 1976, Prebisch teve tempo para retomar reflexões de natureza teórica. Publicou, então, uma série de artigos sobre as características particulares do capitalismo periférico e as transformou em um livro em 1981, em que reforça a ideia da natureza sistêmica do subdesenvolvimento.
Prebisch começa a perder a confiança na eficácia dos efeitos das políticas econômicas. Até Transformação e desenvolvimento, era possível notar sua confiança em que as políticas de desenvolvimento corretas poderiam liberar as forças contidas e canalizá-las na direção certa.
Nos anos 1970, já não acreditava que uma combinação de reformas estruturais, uma forte acumulação de capital e uma estreita cooperação internacional pudessem desenvolver os países da periferia; para alcançar esse objetivo, era necessário transformar as próprias raízes do sistema vigente. (Gurrieri, 1982, pág. 81).
Para argumentar a favor dessa posição, leva a análise para o campo multidisciplinar e, por sua vez, busca oferecer um marco conceitual integrado com base em três categorias: superávit, poder e grupos sociais. Essa visão mais pessimista o aproximava, em certos aspectos, das posições assumidas pelos dependentistas, uma vez que destacada o determinismo sistêmico.
Por outro lado, a ambição do marco conceitual criou uma forte polêmica em torno dessa obra, questionando, sobretudo, a pertinência das categorias da análise. Nesse livro, estão manifestos tanto a inesgotável curiosidade intelectual de Prebisch, como o seu incansável esforço para explicar as dinâmicas do subdesenvolvimento latino-americano, embora isso o tenha obrigado a fazer uma revisão honesta dos seus postulados anteriores.
Prebisch, Raúl (1981). Capitalismo periférico : crisis y transformación México, DF : Fondo de Cultura Económica. 344 p.
En cumplimiento a los derechos de propiedad intelectual, no ha sido posible la digitalización de esta obra. Disponible en formato impreso en la Biblioteca Hernán Santa Cruz, CEPAL.
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